Foto: Renan Mattos (Diário)
Unidade de saúde ainda aguarda por um profissional do Mais Médicos
Três meses após a saída de cubanos do Mais Médicos, cerca de 15% dos profissionais brasileiros que entraram no programa já desistiram dessas vagas. Os dados foram obtidos pelo jornal Folha de S. Paulo e divulgados na quinta-feira. De acordo com o levantamento, pelo menos 1.052 médicos - dos 7.120 que ingressaram nas duas primeiras rodadas de seleção abertas após o fim da participação de Cuba - que assumiram entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano deixaram os cargos.
Segundo o Ministério da Saúde informou à Folha, o tempo médio de permanência dos dois primeiros grupos de profissionais variou de uma semana a três meses. Os principais motivos relatados aos municípios para a saída foram a busca por outros locais de trabalho e por cursos de especialização e de residência médica. Embora desistências já fossem esperadas, o registro de saídas dos médicos em menos de três meses de trabalho preocupa diante da possibilidade de mudanças no programa, anunciadas pela nova gestão. Ainda não há data prevista para a reposição das vagas.
Estado repassa R$ 1 milhão atrasado para a saúde de Santa Maria
EM SANTA MARIA
Na cidade, dos três médicos que assumiram as vagas (entre novembro e dezembro), um deixou o cargo em fevereiro por ter sido aprovado em processo seletivo para residência médica. Segundo a prefeitura, a vaga - para atuação na Unidade Básica de Saúde (UBS) Kennedy - ainda não foi preenchida, já que, tanto um novo chamamento como um novo edital, dependem do Ministério da Saúde.
Em 2018, Santa Maria teve 18 vagas ocupadas no Mais Médicos. Atualmente, a cidade conta com 12 profissionais no programa. Segundo a prefeitura, quatro pediram desligamento em fevereiro para cursar residência, enquanto outros dois foram desligados pelo Ministério da Saúde por ter acabado o período do programa, que é de três anos por profissional.